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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
9/10/17 às 15h29 - Atualizado em 9/10/17 às 16h20

Principais programas e projetos

O projeto de acessibilidade para o Eixo Monumental tem como finalidade definir e qualificar os encaminhamentos principais de pedestres neste setor com promoção de acessibilidade e buscando atender aos princípios de desenho universal. O desenho universal visa atender à maior gama de variações possíveis das características antropométricas e sensoriais da população. Na medida em que se preserva a qualidade do chão para os pedestres do Plano Piloto, defende-se um dos valores já apontados por Lucio Costa desde o Relatório do Plano Piloto.

Este projeto, desenvolvido em 2012, pela então Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano foi amplamente discutido com diferentes órgãos de governo, sob coordenação da vice-governadoria do período e foi motivado pelos eventos internacionais Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas.

Fazia parte de um pacote de projetos junto com o Paisagismo da Esplanada da Torre no trecho entre a Rodoviária e a Torre de TV desenvolvido pelo escritório Burle Marx- Rio (parcialmente executado); a Revitalização dos Setores Centrais (não executado); e a rede Cicloviária no Eixo Monumental (executada).

O projeto, cujos recursos haviam sido já designados para este fim em 2014, apenas foram disponibilizados em 2016. A obra iniciou-se em fevereiro.

Substituir ou implantar o calçamento existente ao longo do Eixo Monumental, por um piso que agregue qualidade ao espaço público e que atenda a todos os requisitos de acessibilidade inerentes à proposta de revitalização, apresenta-se como uma ação projetual fundamental para a consolidação dos espaços da cidade e torna-se estratégica para atender os compromissos governamentais com a preservação e valorização do Conjunto Urbanístico de Brasília.

Além disso, configurar um trajeto contínuo, motiva a apropriação e o funcionamento do espaço urbano do Eixo Monumental concebido para proporcionar um usufruto digno dos usuários, em sua maioria de servidores públicos, além do número crescente de turistas.

A Esplanada dos Ministérios, por exemplo, está em estado lastimável, apresentando problemas de degradação crescente do espaço público, fato que é incompatível com a importante função simbólica que desempenha no sistema de espaços públicos da “escala monumental” do Plano Piloto de Brasília.

A intervenção proposta é resultado da ação conjunta entre a então SEDUMA (atual SEGETH), o IPHAN, a NOVACAP (Diretoria de Obras Especiais e Departamento de Parques e Jardins), DETRAN, DFTRANS, Secretaria de Obras (atual SINESP), CEB e a RA-I. Destaca-se que o IPHAN acompanhou diretamente o desenvolvimento e a compatibilização entre as diferentes intervenções propostas para o Eixo Monumental.

Em síntese, o projeto compreende as seguintes ações:

1. Demolição de passeio e execução de meio-fio;

2. Execução de passeio em placa pré-moldada de concreto nas baias de ônibus e estares no canteiro central do eixo Monumental;

3. Execução de rampas e demais sinalizações de acessibilidade;

4. Sinalização viária;

5. Vegetação de identidade junto aos pontos de ônibus.

1. ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS

Para a Esplanada dos Ministérios são propostas duas grandes rotas acessíveis passando pelas fachadas laterais das edificações. Nestes trechos considerou-se a substituição total do calçamento, qualificando-o com piso de superfície regular, firme, estável e antiderrapante. Para os calçadões principais paralelos à via S1 e N1, optamos pela utilização de concreto semi-polido moldado no local de 8 cm de espessura, com paginação diagonal, com plataformade pedestres niveladas com este passeio nas vias de acesso aos Ministérios. Neste trecho a prioridade do deslocamento passa a ser do pedestre.

Neste mesmo setor, o projeto define um conjunto de mobiliários (paraciclo, bancos, lixeiras) e vegetação (ipês amarelos) que dão identidade e reconhecimento aos pontos de parada de transporte coletivo. Nesta área optou-se por utilizar piso pré-moldado em concreto de 40cm x 40cm, de fácil manutenção por se localizar em local de passagem de serviços de concessionárias (CEB, Telefonia, etc…).

O piso tátil é utilizado para orientar as pessoas com deficiência visual a identificar a localização das edificações e seu percurso origina-se nas paradas de transporte coletivo e travessias.

2. CANTEIRO CENTRAL DO EIXO MONUMENTAL – TRECHO SETOR DE DIVULGAÇÃO CULTURAL À CATEDRAL RAINHA DA PAZ

O projeto dos passeios públicos segue o padrão definido para o Eixo Monumental, tendo, em média, 2 metros de faixa de servidão em grama, 3 metros de passeio livre em concreto semi-polido moldado no local, com 8 cm de espessura.

Quando este passeio intercepta alguma árvore, sua largura aumenta para possibilitar circulação lateral. Em alguns trechos, criam-se áreas de estar, com bancos, paraciclos e lixeiras para estimular o uso do espaço com qualidade ambiental, aproveitando as características paisagísticas do Eixo Monumental e a presença da fauna que circula no local.

Foi prevista a travessia conjunta de pedestres e ciclistas , de modo concentrado, para aumentar a segurança de quem transita no local. Os desníveis são vencidos por rampas contidas na faixa de servidão com 2 metros de comprimento por 4 metros de largura mínimos.

3. CALÇADAS EXTERNAS DO EIXO MONUMENTAL – TRECHO RODOVIÁRIA AO CRUZEIO NOVO E CRUZEIRO VELHO

A proposta para as calçadas externas que acompanham o Eixo Monumental-EMO, no trecho Rodoviária/Rainha da Paz, segue o padrão definido, buscando preservar ao máximo as árvores existentes.

Por fim, destaca-se que as obras visíveis até o momento são apenas uma parcela do que é o projeto. A grande recuperação das calçadas laterais teve início e chegará à Esplanada dos Ministérios, beneficiando uma parcela significativa da população que trabalha na área central de Brasília. Da mesma forma, garante-se que não haverá corte das árvores frondosas no canteiro central.

Veja apresentação

 

Projeto: Mobilidade Ativa no Entorno das Estações de Metrô
Responsável: DIMOB/SEGETH
Ano: 2015

O estudo tem como objetivo aumentar a área de abrangência das estações do metrô em direção aos Polos Geradores de Viagens de impacto regional, a partir da complementação dos deslocamentos por alternativas de mobilidade ativa, isto é, modos não motorizados. O estudo analisa os percursos a partir de cada estação do metrô em raio de abrangência de deslocamento de 5, 10 e 15 minutos, para o pedestre e para o ciclista, e com levantamento das características dos espaços urbanos. Como resultado, o estudo evidencia o potencial da bicicleta na complementação do metrô como modo de deslocamento em direção às atividades de grande porte como Hospitais, Universidades, Centros Comerciais, instituições e espaços culturais. Assim, propõe-se a complementação da malha cicloviária do DF, com base nos conceitos de ruas compartilhadas, zonas 30, passeios compartilhados, ciclofaixas e a ciclovia segregada.

1. Mobilidade Ativa no entorno das Estações do Metrô

2. Mobilidade Ativa – Ceilândia

3. Mobilidade Ativa – Samambaia e Guará

4. Mobilidade Ativa – Taguatinga

5. Mobilidade Ativa – Águas Claras

 

Projeto: Rotas Acessíveis aos Hospitais do DF
Responsável: DIMOB/SEGETH
Ano: 2015

O projeto “Rotas acessíveis” define locais prioritários para investimentos em acessibilidade. Os projetos configuram trajetos contínuos, sinalizados e livres de quaisquer obstáculos, de modo a garantir a circulação segura de pedestres em geral, principalmente de pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida. A ação definiu como locais prioritários: na 1ª fase, os Hospitais Regionais do Gama, Brazlândia, Planaltina, Sobradinho, Guará, Samambaia, Paranoá, Santa Maria, Asa Norte e Asa Sul, e complementação dos Hospitais de Base, Taguatinga e Ceilândia; e na 2ª fase, o entorno das estações de metrô de Taguatinga, Samambaia, Ceilândia e Guará, considerando o raio de abrangência de deslocamento de 10 minutos.

 

Projeto: Binário Samdu – Comercial Norte – Taguatinga
Proposta de revitalização das avenidas e ruas transversais
Responsáveis: DIMOB/DAURB
Ano: 2015

As conclusões do estudo de tráfego realizado no âmbito dos estudos do Corredor Oeste definiram o sentido de circulação binário SAMDU-Comercial, bem como o número de faixas de rolamento: duas destinadas a veículos e uma para o transporte coletivo.

Nesse binário, no trecho norte, a circulação na Av. SAMDU está no sentido sul-norte e a Av. Comercial no sentido norte-sul, favorecendo o ingresso dos ônibus na faixa prioritária para o transporte coletivo na Av. SAMDU, evitando a utilização das alças do viaduto SAMDU-Central no acesso ao corredor.

Atualmente, as Avenidas contam com 4 faixas de rolamento com dimensão de 2,5m, não atendendo às dimensões recomendadas na Resolução 236 do CONTRAN e, por outro lado, as áreas de manobra dos estacionamentos permitem o estacionamento irregular. A falta de áreas de carga e descarga também induz ao estacionamento irregular, dificultando a circulação. Além disso, as paradas de ônibus localizam-se nas esquinas dos quarteirões sem espaço suficiente para a permanência dos usuários, nem à parada adequada dos veículos para que os usuários possam embarcar e desembarcar com segurança.

Também se verificou a grande quantidade de pessoas que usam a bicicleta como modo de deslocamento, realização de entregas, sem que exista um espaço seguro para trafegarem. As calçadas, embora apresentem largura compatível com o fluxo de pedestres, estão obstruídas por veículos que estacionam de forma irregular, especialmente na Avenida SAMDU, onde não há uma delimitação clara entre calçadas e estacionamentos.

Por fim, verifica-se a presença de muitas entradas e saídas dos lotes que, devido ao parcelamento urbano, apenas apresentam acesso para ambas as Avenidas.

O projeto parte da necessidade de corrigir as falhas relacionadas ao desenho urbano das Avenidas, favorecendo os modos não motorizados, em especial o pedestre e o transporte coletivo, conforme ilustrado.

Em razão de o funcionamento do transporte coletivo em binário requerer o deslocamento dos pedestres nas vias transversais a ambas as avenidas há necessidade de intervir também nas vias transversais, dotando-as de acessibilidade e boa iluminação pública.